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segunda-feira, 30 de junho de 2008

Dura lex, sed lex

Pois é, há cerca de 10 dias está vigendo a lei que pune com prisão quem tiver mais de 0,3 mg de álcool por litro de ar expelido. No RS, neste fim-de-semana, foram presas 60 pessoas. Tenho vários amigos indignados, revoltados com a intolerância da medida. Os mesmos que, alguma vez, já bateram o carro por estarem alcoolizados.

Eu aprovo com louvor essa nova conduta da Polícia com os bebinhos. É tanta vida desperdiçada, tanto dinheiro desperdiçado. Apenas porque algumas pessoas não abrem mão do hábito de consumir álcool. É um preço muito alto para uma birra.

Prefiro não beber e ser a responsável pela direção. Vou me divertir da mesma maneira. Agora, ainda mais firme no propósito de ficar sóbria, para evitar o risco de ser presa!

Aliás, isso é o melhor: o risco de ser preso. Não é apenas pagar uma multa, ter a carteira apreendida. É ir pra cadeia. Tudo bem, pagando fiança, o infrator é solto. Mas essa marca ele não apaga mais da sua ficha...

Enfim, a lei é dura, mas é a lei! A nós, cabe cumpri-la!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

E o futebol?!

Em semana de Gre-Nal, clássico dos clássicos por essas bandas pampeanas, deu vontade de falar de futebol. A vitória do Grêmio por 3 X 0 sobre o Atlético Paranaense, em casa, no último domingo, me deixou reflexiva - e os comentaristas de futebol que me perdoem se falar alguma bobagem, estou tratando de sentimento.

Os 3 X 0 que elevaram o tricolor gaúcho a vice do Brasileirão me pareceram sintomáticos, já que os três gols, do (meia) Roger, foram de pênalti. Considerando as últimas partidas que eu assisti (e, confesso, não foram todas), fiquei com uma sensação: acho que o Grêmio está precisa de um centroavante. Três gols de pênalti na mesma partida e nenhum gol de bola rolando me deixaram preocupada... Ora, nos aguarda um Gre-Nal!!!!!!!!!

Sim, eu sei que foram 3 a 0 também em cima do Goiás, lá no Serra Dourada. Mas os gols foram de quem? Marcel (atacante meia-boca, principalmente vendo o histórico de gols) e de Thiego, zagueiro. Siiiim, zagueiro! Zagueiro tem que ficar é na outra metade do campo, marcando, preparado pra defender um contra-ataque, fazendo de-fe-sa e não fazendo gol!

Sei também que centroavante não é certeza de gol, mas a tarefa, a responsabilidade é dele!!! E não, isso não é uma campanha "volta Jardel"...

OBS: Esse é um comentário leigo de alguém que gosta de bater uma bolinha bem de vez em quando, de assistir seu time no estádio e, como todo brasileiro, palpitar! Por favor, discorde nos comentários!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Crise no Piratini

É, o bicho está pegando aqui pelos pampas... CPI investiga denúncia de desvio de R$ 44 milhões do Detran, gravações ligaram o então secretário Geral de Governo ao esquema, vice-governador divulga gravações com então chefe da Casa Civil falando em fontes de financiamento, TCE sob dúvidas. Para responder, a governadora ataca o Governo Federal. Céus, que bagunça! E nos achávamos a única reserva moral da República...
Bom, uma coisa de cada vez:
- Detran: é, pelo que tudo indica, há falcatrua da grossa, e faz muito tempo. Espera-se que Polícia Federal, Ministério Público e mesmo a CPI identifiquem e punam os culpados, sejam quem forem.
- Secretário-Geral: agora ex, Delson Martini deve estar depondo na CPI neste momento. Não que eu ache que isso ajuda muita coisa, mas...
- Casa Civil X Vice-governador: esse é o caso mais grave. Por tudo - pelo que foi dito, pela maneira que foi obtido. A maneira como Paulo Afonso Feijó obteve as informações foi vil e traiçoeira, por mais bem-intencionado que ele estivesse. Deveria ter encontrado outros meios. Cézar Busatto, agora ex-chefe da Casa Civil, disse o que todo mundo já suspeitava ou já sabia nas rodas políticas de todas as matizes: as empresas públicas funcionam como financiadoras de campanha. Se não com desvio de dinheiro público - vide Detran - com tráfico de influência, afinal dirigentes de Banrisul, CEEE e Daer negociam com muitas empresas, criam relacionamentos com o mercado. Ilegal, não é. Imoral, com certeza. Mas como muda-se isso? Mudando o formato da administração pública brasileira.
O número de CCs deve ser reduzido. O loteamento de cargos precisa ser eliminado. Em todas as esferas.
Além disso, as ferramentas de fiscalização e controle precisam ser mais rígidas. O Tribunal de Contas do Estado, que deveria ser o órgão máximo em isenção e rigidez, tem o conselho formado basicamente por ex-deputados. Conseguirão eles ser críticos aos seus aliados, aos seus próprios partidos? Claro que não. Abre-se, aí, brecha para a vista grossa, para o descaso e, finalmente, para a improbidade e a falcatrua.

A governadora se perde...
E a dona Yeda se perturbou total. Logo que as gravações foram divulgadas, demorou um tempão pra dar uma entrevista. Para piorar - e sempre pode piorar -, na Veja dessa semana, ainda ataca o ministro da Justiça. Mexeu com quem estava quieto, provocou inimigos que não precisavam ser provocados.
A inabilidade política da moça - certamente, fruto de sua conhecida arrogância - está fazendo estragos cada vez maiores.
Agora, reuniu um Gabinete de Transição (sim, na metade do mandato) para produzir uma carta de compromissos que deverá nortear a nomeação do secretariado e dos cargos em comissão. A governadora tem falado que devem constar na carta princípios éticos e o compromisso com a gestão. Ora, não é o mínimo que se espera de alguém nomeado para esse governo?! É muito absurdo pensar que isso tudo deva estar explícito em cartas...

Bom, como gaúcha, só me resta torcer para que nos mostremos realmente diferentes do resto do País: punindo culpados e mudando estruturas para dificultar que situações como essas voltem a ocorrer.

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