Pages

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Blogagem coletiva – Os desafios de ser Mãe Solteira

(Ai, “mãe solteira” eu acho tãããão década de 50 do século passado. Mas, na falta de expressão mais eficiente, vai essa mesmo...)

Praticamente toda mãe que eu conheço é um ser que convive com a culpa e com as dúvidas. A culpa de não estar fazendo tudo que podia, de trabalhar fora, de não trabalhar fora, por ter tido outro filho e não dar atenção ao primeiro, por não ter tido outro filho e não ter dado um companheiro para o primogênito, etcetcetc. E as dúvidas sobre o choro, a escolinha correta, a melhor babá, a hora de repreender, a hora de dar colo e mais um bilhão que eu nem vou listar aqui porque não caberia –  sempre tem uma nova!

E temos os dilemas da Mãe Solteira.

A mãe solteira convive com todas essas culpas e ainda a de não oferecer a família Doriana para seu filho – mesmo que isso nem seja “culpa” dela. E mais tudo que isso acarreta: as decisões tomadas sozinha, a falta de colo para ela própria, a responsabilidade por TUDO que envolve a criança, desde fazer até carregar as malas numa viagem, por exemplo. E isso cansa um pouco. Mentira, isso cansa muito.

PAUSA: No mundo perfeito da minha cabecinha, um casamento é uma relação de apoio, troca e companheirismo. Portanto, nele, as decisões sobre a cria são tomadas pelo casal, o pai e a mãe são marido e mulher ainda, se apoiando, se ajudando, se agarrando quando dá (ops!). Se no seu casamento não é assim, desculpaê, não é nada pessoal. Nunca casei, então me dou o direito de viajar. DESPAUSA

Ainda tem os conflitos internos. Sair pra balada enquanto meu filho fica com babá ou avó é legal? E namorar, dá? Será que não seria melhor relevar tudo e ficar com o pai da cria para que ele cresça com os dois juntos, próximos, presentes? Mas será que vale sacrificar a felicidade da mãe por uma escolha que, de fato, não se sabe onde vai dar? Uma criança pode conviver com uma mãe que não se realiza?

Pensando em tudo isso, estabeleci comigo alguns parâmetros. E é dentro deles que norteio as minhas decisões sobre as coisas do dia a dia. Parâmetro 1: minha filha precisa de uma mãe feliz e realizada – ou realizando-se. Partindo disso, sei que trabalhar é uma condição inegociável para mim, não só pela grana, mas também porque eu ADORO trabalhar fora. Ainda que canse, que tenha vezes em que eu prefira ficar em casa enroscada na minha gatinha. Ao colocar na balança, o saldo é positivo. Parâmetro 2: tempo com a Valentina precisa ser dela. Logo, ir pra balada com ela em casa, para no dia seguinte eu estar um caco e não conseguir dar atenção pra ela, NÃO ROLA. Sim, só saio quando a Valentina está na casa do pai dela. E isso me deixa mais tranqüila pra sair sem culpa porque sei que ela está com a única pessoa que é tão responsável por ela quanto eu, alguém que cuida dela direitinho e com quem ela gosta de estar.

Relacionamentos rendem um post específico. Claro que, para estar comigo, o cidadão precisa saber e compreender que a Valentina é a prioridade das prioridades. Graças aos céus, os tempos e os homens estão evoluindo e eu não tenho visto grandes dificuldades com relação a isso. Aquele papo de que mãe solteira é a escória dos relacionamentos é tão década de 50 do século passado quanto a própria expressão.

Well... Ser mãe é um desafio. Para as bem casadas, as mal casadas, as viúvas, as solteiras, as separadas. E é um delicioso desafio porque traz delícias em maior proporção. E, no fim, é isso que vale. A gente se descabela, chora no ombro das amigas mais experientes (né, Tati Passagem), ri com as que estão na mesma fase (c/c Vanessa Ardisson e Tenikey) e até se dá o luxo de aconselhar as que estão começando. Como tudo que essa mulherada faz: de salto alto e cheias de amor!

11 comentários:

Tenikey disse...

Me identifico 99% com vc. valeu a pena esperar seu post, e nõa podia traduzir melhor o q eu sinto. obrigada por participar da blogagem.
=**

Vanessa e Enzo disse...

Coisa gostosa vc escrevendo metade. E mais maravilhoso ainda é ver a coisa toda por outro ângulo. Vc é daquelas exemplo pra mim tb. E a Vale? O que dizer? Babo toda vida e 2012 é o ano do encontro. E pra finalizar: é de salto que vc consegue rebolar, dar conta do recado e ser uma das MELHORES MÃES. AMO TU!

Aprendendo com Davi disse...

Adorei!

Vdd pura!!!

Falando em tempo com filho né...o meu melhorou muito depois que ficamos só eu e ele...

Tudibom pra vcs duas

Nih Ferreirat disse...

"a falta de colo para ela própria"

"Será que não seria melhor relevar tudo e ficar com o pai da cria para que ele cresça com os dois juntos, próximos, presentes? Mas será que vale sacrificar a felicidade da mãe por uma escolha que, de fato, não se sabe onde vai dar? Uma criança pode conviver com uma mãe que não se realiza?"

Sem palavras pra expressar o que senti quando li esse post e, sendo mais específica, as partes destacadas acima.

Colo. Nossa, tantas vezes preciso de colo que já perdi as contas... Ser mãe não é fácil e ser mãe solteira, pra mim, é ainda muito mais difícil! Mas seria mesmo uma GUERRA MUNDIAL, se o pai da minha filha prometesse a ela visitas, ligações e outras coisas, como ele vivia prometendo(e não cumprindo) pra mim.

E há alguns dias cogitei essa possibilidade de relevar tudo e ficar com ele, pra que ela fosse criada por nós dois e tivesse uma família. Queria muito, e sei que um dia eu vou conseguir, ver da forma que vocês (mães que fizeram essa blogagem coletiva) veem. Ainda me incomoda muito ser mãe solteira. Por isso cogitei a possibilidade de me anular, pra viver ao lado de uma pessoa que não tá nem aí pra nós duas.

Enfim, parabéns pelo post e blog.

Muito sucesso!

Meu blog conta a minha trajetória como mãe solteira e o intuito dele é compartilhar com outras mães, principalmente solteiras.

http://mae-solo.blogspot.com/

Almeri Souza disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Almeri Souza disse...

Pois é,meninas, ser mãe da mãe solteira não é menos arrebatador. Há culpa todos os dias: será que eu poderia ter cuidado mais da Valentina para que a Marla descansasse, saisse para passear?Há o "resquício da mágoa" por esta filha que eu tanto aconselhei, tanto avisei não ter me ouvido, e agora sobra pra todas nós! Mas há um amor imenso que permeia as tres gerações e que dá uma vontade de dizer: tá bom, deixa que eu tomo conta de tudo, já sei mesmo como é que se faz...e tu vá aprender a ser adulta. Mas, no dia-a-dia, as coisas precisam de reflexão, de avançar e recuar "zilhões" de vezes..porque não tem uma receita. A gente tem só que viver com um imenso amor para dar, e com o coração aberto para receber. De resto, a vida é muito difícil para nós mulheres que trabalhamos, estudamos, evoluimos, colorimos os cabelos, subimos no salto e vamos dar beijo na boca. Talvez seja menos cruel para as gatas borralheiras, que sequer tinham noção de seu lugar no mundo. Mas tem uma vantagem de ser mãe solteira: Não ter um filho adulto lhe cobrando as atenções que faltaram, os almoços não servidos.....e etcetcetc....e a expectativa do principe colaborador que ainda poderá chegar.De resto, é luta mesmo!

Fanzine Episódio Cultural disse...

ASAS
(Pacto dos Anjos)

Você era um anjo
Que decidiu voltar às estrelas
Implorei para que não fosse
Nas estrofes de um singelo poema.

“Meu Sonho”, eu lhe dediquei,
Mas, ao ouvi-lo, partiu,
Em silêncio permaneci e chorei...

Mas, como por encanto retornou...

Levou-me para bem longe
Próximo à beira do mar.
Retirou suas asas
Oferecendo-as às ondas insanas.

Bem longe dali, uma criança triste estava,
Sem esperança de andar e de viver.
As ondas, agora serenas,
Entregaram-lhe um presente...

Ao tocá-las, seus pés se moveram,
Seu coração voltou a bater mais feliz,
Sua alma e seu espírito outrora em conflitos
Em paz agora estavam em vigília...


*poema de Agamenon Troyan, autor do livro
(O Anjo e a Tempestade)

Anônimo disse...

sou mãe de um menino maravilhoso de 3 anos, e agora que eu estava me acostumando com a vida de mãe solteira, trabalhando e sonhando com uma vida realizada... BUM! engravido de um namoradinho... e claro, já terminamos (brigas e mais brigas desde o fatídico beta positivo). vou ser mãe solteira de novo. pela segunda vez... claro que no começo fiquei apavorada, mas agora é encarar o desafio e partir pro MÃE SOLTEIRA 2 - A MISSÃO.

Unknown disse...

ola super me indentifiquei com oq vc escreveu rs estou na atual crise interna e de aceitação.. to criando um bog pras mamaes solteiras aki do japao onde moro. e copiei alguns trechos do seu texto espero que nao se encomode.. beijos

Anônimo disse...

Appealing girls posts
http://asses.sexblog.pw/?facebook_theresa
black sex erotic reveiw erotic definition erotic kids

rosana disse...

Meninas estou passando por essa experiencia e confesso q esta sendo muito dificil mesmo, minha filha tem 1 ano e meio e ate hj nao tem a presença do pai apenas uma vez por semana uma ou duas horas apenas, e tem fim de semana q ele nem liga p saber dela brigamos muito por conta disso porq cobro sua presença e ele diz que é muito ocupado, realmente esta difícil ver minha filha crescer sem ele e com td isso ela está muito muito grudada comigo ao ponto de nem poder ir ao banheiro rsrsrs e agora voltei ao trabalho e ela chora o dia todo me chamando nao sei mais o q fazer.... me ajudem

LinkWithin