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segunda-feira, 8 de outubro de 2007

40 anos sem Che

Che Guevara é um herói. Não discuto aqui se concordo ou não com seus ideais e atitudes. O fato de ele ser um heróis está acima disso. É um herói porque fez o que achava que tinha que ser feito, arcando com as conseqüências disso.
Che Guevara é um ícone. Remete a um tempo em que as pessoas - em especial, os jovens - lutavam pelo que acreditavam. Literalmente, porque pegaram em armas e colocaram suas vidas em risco.
Onde foi parar esse poder, essa mobilização? Em poucos momentos da história a juventude esteve apática, tão individualista quanto nesse 2007.
Essa sociedade capitalista - que Che tanto combateu - produziu danos maiores do que o próprio Che poderia imaginar, nas suas mais pressimistas previsões. Gerou jovens preocupados apenas com seu umbigos, com seu futuro, quando muito (afinal, às vezes, nem com seus próprios futuros não se preocupam). Gerou pais inseguros e nada inspiradores, oprimidos pela luta constante e inglória por dinheiro, motor que move o mundo.
Gostaria que a passagem dos 40 anos sem Che fosse o momento para a juventude rever seus projetos de vida e de país e questionar o que está fazendo para tornar esse mundo mais justo, mais humano.
(Só para registrar: escrevo isso durante uma palestra promovida pelos partidos de esquerda e movimentos sociais, celebrando Ernesto Guevara de La Serna e desejando que ele não seja apenas mais uma estampa de camiseta, símbolo de um inimigo que ele sempre combateu. Posso estar um pouco, digamos assim, influenciável...)

2 comentários:

Fabricio Olivetti disse...

eu lembro um prefeito aqui de Santos que deu o nome de Che Guevara a um hospital recem inaugurado. O jornal daqui fez a maior repercussão que tinha sido maior absurdo (vale notar que o jornal pertence a uma familia que vem de longas cumplicadades com a ditadura na epoca). O prefeito, que era um tanto excentrico, bateu pé e não mudou o nome. Mas seu sucessor o fez...
Vale lembrar que ele, como herói, e assim como tantos outros, devem ter seus passos seguidos, não literalmente, pois hoje em dia não cabe mais uma guerrilha (e até nisso nós jovens atuais temos de lambuja), mas seguir os seus passos em lutar seguindo ideais, não se conformando com o que está errado!

R.M.Sallet disse...

Agora a Veja veio falar em um vídeo no seu site que Che era racista.
Ora, o Che racista é o mesmo che que foi pro Congo lutar pelo povo negro e apoiar a luta prosseguida por Lumumba.
Quanto a matéria da Veja, que no seu editorial afirmou ter lido cinco biografias, feito pesquisas por 2 anos, entrevistado pessoas pelos quatro cantos do mundo, não trazem mais do que palavras ao vento e colocações tão desgastadas pelos anticastristas e anticomunistas do mundo...
ridículo.
O povo, e a Juventude em especial tem sofrido diariamente as investidas do individualismo, mas não ainda é este povo e esta juventude, que nos ideais de Che ter feito tantas lutas e conquistado tantas vitórias em nosso país

Acreditar no povo é em resumo, acreditarmos em nós mesmos, pq somos do povo, e em sintonia com este, continuamos firme na luta.

Fé no povo que a gente chega lá!

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