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quinta-feira, 8 de maio de 2008

A farra dos cartões corporativos

Da coluna O filtro, de Thomas Traumann:
Gastos públicos – É um escândalo! Servidores públicos federais usaram cartões do governo para comprar lingerie, iPods, serviços de namoro on-line e (absurdos dos absurdos!) um jantar de mais de R$ 20 mil. Uma auditoria pública descobriu que a farra com dinheiro do contribuinte não tem limites. O Exército, por exemplo, não apresentou comprovantes da compra de uma dúzia de servidores para sua rede de computadores, cada um estimado em mais de R$ 150 mil. Quase 300 mil servidores públicos usam cartões corporativos, mas poucos foram tão ousados quanto um funcionário dos Correios que, em 2006, gastou mais de R$ 2.500 em um serviço de namoro on-line. Também nos Correios, a auditoria encontrou o símbolo desse novo escândalo: um jantar para 81 pessoas em que foram pagos, com dinheiro público, mais de 40 garrafas de vinho, conhaque Courvoisier, vodca Belvedere e uísque Johnny Walker Gold. Ah, só uma coisa: tudo isso foi nos Estados Unidos. A reportagem está na edição de hoje do The Washington Post.
A-haaa, a maior democracia do mundo, líder político, econômico e bélico mundial, sucumbiu a esses escandalozinhos terceiro-mundistas...
Se todo o escândalo com os cartões corporativos brasileiros não foi suficiente, somemos o que ocorreu na terra do Tio Sam. Não deu pra entender ainda que cartão corporativo não dá?!?!
Sim, eu sei que usurpadores do dinheiro público sempre acham um jeito de continuar usurpando o dinheiro público. Mas a gente podia dificultar um pouco a vida deles, né! Por exemplo: parando com essa palhaçada de cartão corporativo. O servido público que precisar gastar a trabalho que gaste, apresente os comprovantes e seja reembolsado! Por que na iniciativa privada isso funciona?
A máquina pública - over inchada - tem a obrigação de aprender um pouco com a iniciativa privada. Pelo menos, para salvar sua própria imagem.

Um comentário:

Fabricio Olivetti disse...

para você me tomar como exemplo. Nós pesquisadores contamos (as vezes) com ajuda de custo para irmos a congressos representar nossas universidades, ampliar nossos conhecimentos, trazer novas tecnologias para o Brasil e, no entanto, a ajuda de custo paga apenas parte de nosa viagem. Não é brincadeira não, o tanto que eles pagam e quando pagam, é suficiente pra passagem area e parte do custo de hospedagem, o resto nós que nos viremos com nossas bolsas de valores absurdamente baixo.
Mas o ponto é que o sistema de ajuda de custo é por reembolso, pagamos do nosso proprio dinheiro e depois eles reembolsam.

O Brasil deu um passo interessante pra combater o mau uso dos cartões corporativos, aquele site que divulga onde, como, quando e por quem foram gastos o dinheiro publico atraves do cartão. Lógico que ainda tem muitas falhas, falta de informação, um sistema que possa vir a facilitar a cobrança por respostas...
Mas claro que ainda assim o ideal seria o sistema de reembolso, junto com um mesmo portal divulgando o que foi reembolsado e a justificativa. Ora, diferente de nós pobres trabalhadores, eles ganham bem o bastante para pagar e serem reembolsados, dado que nós colocamos eles lá, pq que nós ficamos como meros mortais e eles dono de NOSSO dinheiro?

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